Após o desastre de Red Carpet Massacre, Duran Duran convoca o superfã Mark Ronson e produz o seu segundo melhor álbum.
Na virada do século, com um álbum aclamado pela crítica e pelo público (Astronaut - 2004), e uma turnê mundial de sucesso com a formação original, parecia que Duran Duran estava em ascensão novamente, mas veio um massacre, o álbum seguinte, que seria, de acordo com Roger Taylor, “de certa forma, uma homenagem às nossas raízes como banda, mais direta e um retorno às nossas origens da dança e da New Wave” [1], foi, Deus sabe o porquê, rejeitado pela gravadora, que queria um álbum pop, forçando a banda a trabalhar com o produtor Timbaland. Os resultados foram, de acordo com John Taylor, um pesadelo que resultou em um álbum com vendas fracas e tão mal visto pelos críticos, que geralmente é colocado em último lugar nos rankings de álbuns da banda [2] [3], a saída (mais uma vez) de Andy Taylor e a não renovação de seu contrato com a Sony Music.
Red Carpet Massacre (2007) poderia ter encerrado a carreira de muitas bandas, mas Duran Duran tinha se tornou resiliente, aprendendo com os altos e baixos de sua carreira de duas décadas. Eles decidiram voltar aos seus dias de glória com um algo que seria uma sequência imaginária de Rio, o álbum seminal de 1982. Para este objetivo, eles recrutaram o superfã Mark Ronson como produtor, alguém que acreditava no talento e potencial da banda, além de estar atualizado com as novas tendências da música pop.
A ideia deu resultado, a produção de Ronson desenterrou o “mojo” da banda: a sensualidade furtiva do Rio estava lá, agora polvilhada com convidados como Kelis e Ana Matronic. Musicalmente, o álbum conta com tudo o que os tornou famosos: o vocal de Simon LeBon, que serviu de trilha sonora para muitos de nós nos anos 80, está tão sólido quanto há 30 anos, os gélidos sintetizadores de Nick Rhodes constroem paisagens para serem pontilhadas pelas melódicas e rítmicas linhas de baixo de John Taylor, que por sua vez casam perfeitamente com a criativa bateria de Roger Taylor. All You Need is Now é um cruzamento bem-sucedido do New Romantic dos anos 80 e a modernidade da música pop moderna.
O álbum começa com a música-título e o single principal, que com seu refrão memorável, que proclama dançar na lua "do jeito que fazíamos quando éramos mais jovem", não poderia dar uma mensagem mais direta aos fãs. Faixas como “Blame the Machines”, “Being Followed” e “Network Nation” mostram sua capacidade de fazer músicas pop bem trabalhadas. “Leave the Light On” e “Before the Rain” nos traz de volta à beleza de “Save a Prayer”. Mas talvez "The Man Who Stole a Leopard", com seu crescendo lento em seus mais de seis minutos de duração, seja a faixa que melhor destaque a maturidade e a confiança que a banda teve durante o processo de gravação.
Pré-lançado on-line em dezembro de 2010, com uma quantidade reduzida de faixas, e em formato físico, com listagem estendida, em março de 2011, o álbum alcançou o número 11 no Reino Unido e o número 29 na parada da Billboard 200.
All You Need is Now pode não ser um Rio 2.0, mas certamente alcançou seu objetivo, sendo considerado "o melhor álbum que Duran Duran lançou desde" Rio [4], e classificado como o segundo melhor álbum da banda, perdendo apenas para o mencionado álbum [2] [3].
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